terça-feira, 22 de março de 2011

Povos indígenas se mobilizam na defesa do Rio São Francisco


Neste momento, em que os povos indígenas se mobilizam na defesa do Rio São Francisco, no combate às transnacionais que roubam suas terras e as utilizam para cultivo de espécies que degradam o meio geográfico, diversas frentes da luta desses povos originários no território brasileiro se abrem vitoriosas.
Já em maio, nos dias 11 a 13, no município de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, o povo Tapeba realizava o seu 6° Encontro, promovendo um balanço do último período das atividades do Grupo da Terra e da Associação das Comunidades Indígenas Tapebas — Acita, que debateu a questão indígena, avaliou e definiu o planejamento para o próximo período.
Entre diversos convidados participaram ativamente do encontro representantes Guaranis e Tupiniquins. As discussões, de elevado nível e espírito combativo, contaram com o apoio e presença de entidades tais como Apoinme — Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo.
Também convidadas, estiveram presentes organizações como o Núcleo de Estudos do Marxismo-Leninismo-Maoísmo e Movimento Estudantil Popular Revolucionário.
A principal decisão política foi a de que chegou a hora de unir todas as forças dos povos indígenas e aliados como a classe operária, os camponeses, intelectuais honestos, estudantes e personalidades progressistas para fazer uma grande ofensiva na luta pela retomada dos seus territórios.
Os debates sobre a questão indígena no Brasil, acompanhados pela reportagem de A Nova Democracia, buscaram enfocar não apenas o aspecto da etnia, mas acima de tudo o problema nacional, seus aspectos de nacionalidade e minorias nacionais, além do direito à autodeterminação dos povos e da emancipação das classes oprimidas — enfoque tergiversado desde sempre pela política oficial do Estado brasileiro, pela igreja, a academia, antropólogos e ONGs.
Ao final, concluiu-se pela necessidade de se aprofundar os estudos e estabelecer cientificamente um programa que expresse a real dimensão do problema indígena, sua união com as classes exploradas e oprimidas do país, rumo à Nova Democracia.
O MESMO INIMIGO
Os relatos apresentados no Encontro pelas nações Tapeba, Guarani e Tupiniquim evidenciaram que seu inimigo é o mesmo: o capitalismo, o imperialismo — o velho Estado brasileiro e seus governos, latifúndios, grandes empresas nacionais e transnacionais. E que os povos indígenas entendem ser sua resistência, embora com particularidades e graus diferentes, também a mesma.

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